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sábado, 3 de outubro de 2009

Semanário de um professor radical (nº2)

Segunda-feira fui trabalhar no IPEAFRO, e avancei bastante em minha tarefa no computador de Elisa. Depois, a noite, fui ao Califórnia, e dei aula de Matemática.

Terça-feira acordei com a diretora do Colégio Progressão ao telefone, me procurando, perguntando se eu não daria aula lá. Mas expliquei que fiquei toda a semana questionando se eu deveria ir ou se o professor estaria de volta ao trabalho. Ela só dizia: vou te ligar...Não ligou! Não fui! Ai ai ai ui ui! Não fui ao IPEAFRO, saí de casa direto pro Califórnia. Muito conteúdo pra dar. Plano carteziano é complicado de entender e explicar. Expliquei y=ax. Os alunos não queriam parar de falar, e eu expliquei que precisaria dar aula até mais tarde graças ao tempo que consumiram em conversas me interrompendo. Saímos as 22h da escola.

Quarta-feira não fui ao IPEAFRO. MInha diretora do Pierre Plancher me ligou...descobri que roubaram a senha de meu orkut de professor e começaram a mandar sacanagem e cantadas para alunas. Cantadas feias, ainda por cima. Denunciei ao Orkut e ppedi exclusão, e sumiu o perfil, menos mal. Ela me dispensou de trabalhhar quinta-feira, uhuuu!Fui lecionar no Califórnia. Dei y=ax ; y=ax+c e ax+by=c. Acreditem se puder, este conteúdo é apaixonante. É legal ver como que acontecem as relações no plano cartesiano. Liberei as 21:40.

Quinta-feira fui ao IPEAFRO, e consegui fazer o batch no Photoshop Cs3, redimensionando, corrigindo cores, e salvando em JPEG em outra pasta. Claro que o batch tem uns problemas, como alguns TIFF que se recusaram a serem salvos em JPEG. Mas sacaneei o Ps: abri um arquivo JPEG qquer de dimensões enormes, apaguei seu conteúdo, abria o TIFF rebelde, selecionava todo o conteúdo,copiava, via as dimensões da imagem, então redimensionava a imagem em branco, depois colava o conteúdo copiado. Enfim, salvava em JPEG com o nome que copiei do TIFF rebelde. Nada mal, computador burro a gente tem que ser mais esperto que ele. Por fim, tive uma reunião muito boa com Elisa Larkin, minha chefe e ídolo intelectual. O assunto foi idéias para o site do IPEAFRO. Ela gostou das idéias, percebo. Adoro pensar que sou útil a ela. Enfim, fui dar aula.
Cheguei no Califórnia, e estava bastante animado ensinandoMatemática, reaolução de sistemaspelo método da adição e da substituição. Eles tem dificuldades com sinais, com frações e divisões. Não entendem muito bem outros aspectos funamentais, mas quem tenta prestar a atenção consegue. Lamentável é que eles não estudam! Mesmo que libere-os mais cedo, eles não abrem o livro pra ler em casa. De que adianta eu exibir o vídeo, problematizar, lermos imagem, eu explicar os exemplos do livro, resolver coletivamente, se ninguém tenta fazer nada em casa? Estava dando aula e chega meu supervisor, que após perguntar como estava a questão do processo contra o aluno, me informou que marcará uma reunião, e que minha situação está "bastante difícil", por minha incompatibilidade com direção e alunos. Incompatibilidade? Se dou boas aulas, sou dedicado e atencioso, preocupado com eles, incompatibilidade significa dizer que o Estado não quer isso. Sexta-feira foi feriado no Rio de Janeiro, devido a escolha da cidade-sede das Olimpíadas 2016.

Mensagem da semana: "Professor Breno, o palavrão se tornou comum em todos os espaços da sociedade...se todos os professores chamassem a polícia quando seus alunos lhe xingassem, imagina a confusão que seria! Você acha que eles parariam de xingar?" (Diretora Marli - C E Califórnia)

Preciso responder? Eu me questionava quem eram os culpados pela perda dos limites dos jovens atuais, pelo desrespeito aos professores...parece que descobri! Trabalhar me causa perseguições e acusações deque agi errado. Bem vindos a uma sociedade mesquinha, e suja.

Aguardemos.

sábado, 26 de setembro de 2009

Semanário de um professor radical

Na Segunda feira tive um dia bastante cheio, pois pela manhã fui lecionar no Colégio Curso Progressão, em Marechal Hermes, substituindo um professor amigo que havia ido se apresentar a SEE RJ. Depois segui rumo ao IPEAFRO, onde trabalhei de 10 até as 17h, quando saí e parti para o Colégio Estadual Califórnia, primeiro de metrô, depois de trem. Chovia muito, e o trem parou diversas vezes, sempre esperando sinalização e transitado em baixa velocidade. Lotado e úmido. Andei por 20 minutos até a escola, na chuva, e cheguei atrasado e ensopado. Distribuí os livros do Autonomia aos alunos (2 de História, 2 de Matemática, 1 de Artes).

Na Terça feira o caos me abarcou. Dei aula no Progressão pela manhã, e parti para o IPEAFRO, onde fiquei até as 17h. Ao chegar no Colégio Estadual Califórnia, dando aula, recebi meu supervisor do projeto Autonomia, criação da Fundação Roberto Marinho. Quando este saiu, meu aluno não quis parar de conversar, e então ao ser repreendido para parar de falar, começou a ser deselegante me mandar ME FUDER, pois ele não estaria sequer SE LIXANDO pra aula. Liguei para o 190 e dennciei-o por desacato, artigo 331 do Código Penal. A polícia foi ao colégio, mas não sabia que podia prender o aluno em flagrante. Fiquei até uma da manhã na delegacia, registrando. No fim, terça acabou na quarta. Não houve aula.

Na Quarta feira, dei aula no Progresão pela manhã, e não fui ao IPEAFRO por cansaço. Dormi a tarde. Ao chegar até a escola, me deparo com uma reunião entre uma de minhas diretoras, a coordenadora de turno, o supervisor de meu projeto e o pai do aluno delinquente, ah...e eu! Reunião esdrúxula, onde fui questionado do "por quê" de chamar a polícia, e não ter procurado a direção. Aleguei omissão da direção, que em dois casos similares agiu com desdém, e pouco caso comigo, o professor. Acertei ali que o aluno pediria desculpas, perante a turma e a mim, e que eu tiraria a queixa. Mudei de idéia. Após isso, dois ladrões levaram um táxi na frente da escola, e o segurançça do mercadinho de esquina foi se meter, deu uns tiros e tomou uns bons pipocos na perna. Se meteu, tomou! Não houve aula

Na Quinta feira fui dar aula para a 805 e 703 do Colégio Estadual Pierre Plancher, em Mesquita, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ao sair da escola, uma mãe neurastênica me reconheceu na rua, e começou a gritar e me acusar de não dar tempo do filho dela fazer um teste que dei em sala. Mão esquisita, gritando, que educação ela deve passar ao filho? Argumentei que dei 40minutos para o menino fazer 6 questões, ou seja, mais do que suficiente. Aleguei que estava atrasado para dar aula, mas a mulher estava descontrolada. Meti o pé! Ninguém merece! Quando cheguei em Nova Iguaçu, atrasado pela mãe esquisita, o aluno que me xingou pediu desculpas, convocado pela direção. A mesma direção discordou de mim, afirmando que a ofensa não foi direcionada a mim. Ok, "vai se fuder" não é pra quem vc está olhando...deve ser na nunca,não? Desmenti ela na frente dos alunos epronto. Se desculpou o aluno, eu não desculpei. Quando a diretora saiu, foi chamada de chata "pra caralh*" pelos mesmos alunos, que saíram pra beber cerveja e não voltaram. A aula correu bem, matemática.

Na Sexta feira, feriado em Mesquita, aproveitei para pagar o dia de trabalho que não fui ao IPEAFRO na quarta feira. Fim de tarde peguei o trem e...surpresa? Mais uma vez vagão com evangélicos.Não aguento mais. Dei aula até o intervalo, e após o intervalo, os alunos foram embora, e ficaram bebendo em frente ao colégio. Somente uma aluna ficou. O colégio pediu para liberarmos às 21h, e me dirigi para casa. Passei na Praça Seca para ver uma "amiga", beijar na boca e desestressar. Enfim, sem detalhes, tudo deu certo (hehehe), cheguei em casa 5 da manhã e agora é meio dia de sábado, oprofessor quer ficar deitado até fazer pereba na bunda, ou quem sabe passear e ir ao cinema à tarde.

Beijos, rezem por minha paz! Antes de mais nada: RONALDO!
 
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