domingo, 23 de agosto de 2009

A poética invasiva de Susulita

Enquanto vivi, eu amei. Em todos os segundos de minha vida, senti algo, e por isso sofri. Nada mais leal do que odiar, ou amar a alguém.Sinto mesmo que o lado mais mascarado do ser seja aquele que desafia a verdade com a mentira da ignorância, a grosseira violência de fingir que o outro não existiu, não o beijou, não lhe amou. Ignorar é ser não sendo, viver não vivendo.

É ignorar os sentidos, renegar o ser vivo, não querer ser humano. Quem ignora, não vive,e assim sempre o será. Morto-vivo,morto viver, morto sendo, vegetal ou rocha, não importa. Ame, beije, sinta, odeie. Afinal, se pronunciar é necessário, e é humano.

Senti o coração bater quando encontrei um Flickr no ano passado. Atriz, poetisa, amante, mulher, gata e amiga. Susulita.

Silêncio flagelo, doce como pão de mel.
Boca minha, dele também.
Contornos que eu preencho.
O Bem meu, o nosso por assim dizer.
Os lábios que eu beijo, se deixam beijar.
Que sinto saudade com a distância, que quero mais próximo.
Os nossos desejos que cruzam nossos sonhos.
Os sonhos que deleito em seus lábios e conto com os meus. (poema de SUSULITA)

Seu Blog, USStrangers, é uma peça rara de composições visuais e poéticas. Sua foto, seu dom maior?Não sei definir, não sei ignorar. É imagem, texto, odor virtual, som. Musicando meus sentidos, é recomendação minha para quem curte ler blogs. Começei neste vício a pouco, e agora vejo: Não há volta, Susulita evaporou minha ignorância.

Não ignore! João Pessoa é pequena demais para comportar tamanho brilho, e me pergunto: Será que há cidade que a comporte? Suellen não se limita...ela expande!

Um comentário:

Suellen Brito disse...

Nossa, muito obrigada por todas palavras. Por saber que pelo meu simples ato de escrever com as letras, com a luz e com minha singela arte possa te tocar tanto. Que ela evapore sempre os sentimentos da inspiração, e que assim as emoções tomem forma.

Beijos!

 
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