quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O GLOBO, muito além do papel de um jornal: CARIOCAS, muito aquém do papel de uma sociedade: BRASIL, muito aquém do papel de um Estado: RIO 2016?

Tenho visto um comercial do jornal O GLOBO que passa na televisão, da campanha "Dois gritando". O comercial visa mostrar os benefícios que a cidade terá caso as pessoas se manifestem denunciando descasos, abusos de poder e desordem urbana no site do jornal, a partir de texto escrito, fotos, vídeos e similares. No fim, afirma: O GLOBO, muito além do papel de um jornal. Pensei, Governo Estadual: muito aquém do papel de um governo!

Inicialmente me revoltei, afirmando que o GLOBO estaria tomando o lugar do Estado, pois a correção desses problemas seria do governo e tal...mas, minutos depois, refleti: O Estado se ausentou! Os governos abriram mão de ditar as regras urbanas, a ordem pública, os projetos, os planejamentos estratégicos. Administração municipal: muito aquém do papel de gestora!





Assistindo o Globo Esporte, após passar este comercial, começei a fazer associações interessantes e radicais. Estavam entrevistando um entusiasta do projeto olimpico RIO 2016, o ex nadador brasileiro Alexandre Borges, que afirmou o seguinte: recentemente conversou com Alexander Popov, antigo carrasco russo e ás da natação mundial, atual membro do conselho que vota na escolha da cidade-sede das olimpíadas 2016, e o russo se disse "impressionado pelo papel do COB" no esforço para levar as Olimpíadas ao Rio. Pois bem, o COB está errado? Não! É uma empresa privada, que oficiosamente tem fins lucrativos e enriquece seus diretores e presidente Nuzman. Como toda empresa, visa crescimento, dinheiro e prestígio. Governo federal: muito aquém do papel de um Estado!

Errados estamos nós, enquanto cariocas, fluminenses e brasileiros que, ao invés de agirmos e buscarmos soluções não violentas porém criativas para reivindicarmos nossa postura crítica ao "canto da sereia" que vem sendo tocado. Estamos muito aquém do papel de sociedade! Cariocas, muito aquém do papel de uma sociedade! Errado está nosso Estado, destruindo o pouco de nação que temos, ao apoiar irrestritamente este devaneio. Os moradores de Chicago fazem diversas passeatas e manifestações contrárias à Olimpíada em Chicago. O lema "They play, we play" (Eles jogam, Nós pagamos!) parece perfeitamente sintético. Sintetiza tudo o que imagino desta idéia desde Rio 2004, 2008, 2012, e quantos 2000 existam. Há sites da sociedade civil de Chicago estimulando e incentivando que as Olimpíadas venham para o Rio de Janeiro. Ou seja, é o verdadeiro cavalo de Tróia, presente de grego, ou como diriam meus alunos, o "Kinder Ovo" do terceiro milênio, que vem sempre com uma surpresa dentro: ganhe a chance de sediar um evento caríssimo e dar boa vida a emrpesários gananciosos, e perca a chance de mostrar-se enquanto sociedade de opinião.

Brasileiros, muito aquém do papel de um povo! Vergonhoso é ver que, 17 anos e um dia após os caras-pintadas terem conseguido a destituição legal e institucional do então presidente basileiro Fernando Collor (impeachment), não tenhamos um protesto sequer contrário a esta falácia, esta mentira, este absurdo chamado Rio 2016.



Uma leitura desta "não contrariedade" à candidatura brasileira a 2016 é muito utilizada por COB, Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal: A população está muito feliz com a candidatura, o povo sabe que isso é necessário ao Brasil e que noscnduzirá à elite global! Eu prefiro outra leitura, mais crítica: A população pouco sabe do assunto,não sabe dos custos que sairão dos cofres públicos, não sabe que fim tiveram as obras do PAN 2007 nem quanto custou, não sabem que os tribunais de contas não aceitaram as contas do PAN 2007, e que há claros indícios de superfaturamento de obras, de negociações ilícitas, a população não sabe da CPI do PAN 2007 que rola no Rio de Janeiro, não sabem que o PAN do Rio custou quase o mesmo que Olimpíadas como a de Atlanta 1996.

Por não saber de nada disso, ficam somente com as informações da TV, que afirma ser este evento o marco de nossa conquista do topo mundial das nações; a população não protesta porque não teve oportunidade de debater o tema, não foi chamada ao debate nem sequer consultada, informada ou respeitada; esta mesma população não se lembra da quantidade de promessas feitas por políticos em campanhas eleitorais, não são levadas a recordarem das entrevistas e promessas de apresentadores de TV e governantes ou dirigentes do COB quanto ao que o PAN 2007 traria de bom ao Rio (levaria o metrô por elevação magnética à Barra da Tijuca, acabaria com os engarrafamentos, acabaria com o tráfico de drogas violento, as escolas teriam quadras esportivas e formação dos alunos, as construções seriam utilizadas pela população, o Rio se tornaria uma cidade tão bem estruturada quanto as mais estruturadas do mundo).

Esta é, pois, a explicação da não existência de manifestações contrárias à RIO 2016 e que justificará centenas de milhaes de pessoas estarem na Praia de Copacabana na sexta-feira curtindo o show do Lulu Santos, bancado pelo comitê RIO 2016. Leia-se, show bancado por você! Visto toda essa mentirosa campanha, sinto vergonha de ser brasileiro, e pior, sinto vergonha de ser eu! Para os jornais americanos, o Rio de Janeiro é chamado de cidade de gangues, com excesso de mortes de jovens, ingovernável. Falaram alguma besteira? Será? Reflita!

domingo, 27 de setembro de 2009

[HOMENAGEM POÉTICA: Fragmentos] Vanessa Vasconcellos, amizade, presença, ausência

eu perguntei o que ela queria,
e para minha surpresa nada mais do que já tinha:

simplesmente que eu a continuasse

abraçando e sentindo o coração bater.


um dia a vi com meus olhos fechados!
foi o dia em que te achei sem admitir que procurei,

lhe conhecer ou saber que me aceitaria.


amizade é isso,
não ver, mas enxergar presença,

presenciar, sem estar ao lado,

sem constante, reproduzindo-a

dentro de mim.


nada mais do que um litro de
refresco de maracujá, tylenol e

vanessa vasconcellos no msn pela manhã:

minha receita contra ressacas!


dizem que amar é difícil,
...tolos...

difícil é encontrar a quem amar,

e encontrei você, vanessa!

amor que vai, e vem...



a sósia de michael jackson mais gostosa que já conheci!

sábado, 26 de setembro de 2009

Semanário de um professor radical

Na Segunda feira tive um dia bastante cheio, pois pela manhã fui lecionar no Colégio Curso Progressão, em Marechal Hermes, substituindo um professor amigo que havia ido se apresentar a SEE RJ. Depois segui rumo ao IPEAFRO, onde trabalhei de 10 até as 17h, quando saí e parti para o Colégio Estadual Califórnia, primeiro de metrô, depois de trem. Chovia muito, e o trem parou diversas vezes, sempre esperando sinalização e transitado em baixa velocidade. Lotado e úmido. Andei por 20 minutos até a escola, na chuva, e cheguei atrasado e ensopado. Distribuí os livros do Autonomia aos alunos (2 de História, 2 de Matemática, 1 de Artes).

Na Terça feira o caos me abarcou. Dei aula no Progressão pela manhã, e parti para o IPEAFRO, onde fiquei até as 17h. Ao chegar no Colégio Estadual Califórnia, dando aula, recebi meu supervisor do projeto Autonomia, criação da Fundação Roberto Marinho. Quando este saiu, meu aluno não quis parar de conversar, e então ao ser repreendido para parar de falar, começou a ser deselegante me mandar ME FUDER, pois ele não estaria sequer SE LIXANDO pra aula. Liguei para o 190 e dennciei-o por desacato, artigo 331 do Código Penal. A polícia foi ao colégio, mas não sabia que podia prender o aluno em flagrante. Fiquei até uma da manhã na delegacia, registrando. No fim, terça acabou na quarta. Não houve aula.

Na Quarta feira, dei aula no Progresão pela manhã, e não fui ao IPEAFRO por cansaço. Dormi a tarde. Ao chegar até a escola, me deparo com uma reunião entre uma de minhas diretoras, a coordenadora de turno, o supervisor de meu projeto e o pai do aluno delinquente, ah...e eu! Reunião esdrúxula, onde fui questionado do "por quê" de chamar a polícia, e não ter procurado a direção. Aleguei omissão da direção, que em dois casos similares agiu com desdém, e pouco caso comigo, o professor. Acertei ali que o aluno pediria desculpas, perante a turma e a mim, e que eu tiraria a queixa. Mudei de idéia. Após isso, dois ladrões levaram um táxi na frente da escola, e o segurançça do mercadinho de esquina foi se meter, deu uns tiros e tomou uns bons pipocos na perna. Se meteu, tomou! Não houve aula

Na Quinta feira fui dar aula para a 805 e 703 do Colégio Estadual Pierre Plancher, em Mesquita, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ao sair da escola, uma mãe neurastênica me reconheceu na rua, e começou a gritar e me acusar de não dar tempo do filho dela fazer um teste que dei em sala. Mão esquisita, gritando, que educação ela deve passar ao filho? Argumentei que dei 40minutos para o menino fazer 6 questões, ou seja, mais do que suficiente. Aleguei que estava atrasado para dar aula, mas a mulher estava descontrolada. Meti o pé! Ninguém merece! Quando cheguei em Nova Iguaçu, atrasado pela mãe esquisita, o aluno que me xingou pediu desculpas, convocado pela direção. A mesma direção discordou de mim, afirmando que a ofensa não foi direcionada a mim. Ok, "vai se fuder" não é pra quem vc está olhando...deve ser na nunca,não? Desmenti ela na frente dos alunos epronto. Se desculpou o aluno, eu não desculpei. Quando a diretora saiu, foi chamada de chata "pra caralh*" pelos mesmos alunos, que saíram pra beber cerveja e não voltaram. A aula correu bem, matemática.

Na Sexta feira, feriado em Mesquita, aproveitei para pagar o dia de trabalho que não fui ao IPEAFRO na quarta feira. Fim de tarde peguei o trem e...surpresa? Mais uma vez vagão com evangélicos.Não aguento mais. Dei aula até o intervalo, e após o intervalo, os alunos foram embora, e ficaram bebendo em frente ao colégio. Somente uma aluna ficou. O colégio pediu para liberarmos às 21h, e me dirigi para casa. Passei na Praça Seca para ver uma "amiga", beijar na boca e desestressar. Enfim, sem detalhes, tudo deu certo (hehehe), cheguei em casa 5 da manhã e agora é meio dia de sábado, oprofessor quer ficar deitado até fazer pereba na bunda, ou quem sabe passear e ir ao cinema à tarde.

Beijos, rezem por minha paz! Antes de mais nada: RONALDO!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Assalto na Tijuca termina com morte de sequestrador

Eu não poderia deixar passar. Assaltante invadiu a farmácia na Tijuca hoje pela manhã e fez uma funcionária refém. Estava com uma granada na mão, e após horas de intransigência, o dar o mole de sair para a rua com a refém, tomou um belo tiro de fuzil na testa, morrendo no local.

Sou contra a violência, porém este caso é uma aberração do cotidiano das cidades. Alguém assaltar com uma granada na mão é pedir para morrer.

Vale ver este vídeo, com a cena do tiro, muito bem dado pela PMERJ, e da reportagem inteira da Rede Globo. Este post serve como uma atualização de nossa sociabilidade perdida.

O link: http://www.youtube.com/watch?v=Au3cLxi5D6o

domingo, 20 de setembro de 2009

Bienal do Livro - Quem me dera se todos lessem...


Estive no último sábado no Riocentro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - Brasil, para conferir os lançamentos editoriais e o burburinho da Bienal do Livro. O evento é classificado por uns como um grande evento capitalista onde grupos burgueses que detém o monopólio da informação impressa no país exibem seus produtos, para que pobres coitados comprem. Outros a definem como um grande evento de trocas culturais, onde editoras espíritas, cristãs, de direita, esquerda ou encima do muro, ou infantis se desafiam em chamar a atenção do público que chega ávido a comprar novos livros para dar de presente a si mesmo ou ao próximo.


Mas que sociedade é essa que visita livrarias, lê os livros por meia hora antes de comprá-los, e ainda faz beicinho aos vendedores, chorando desconto por uma nova edição da análise da Revolução Russa? Com certeza não é o público médio (medíocre) ensinado a odiar os livros e fazer de todo exemplar com mais de meio quilo de papel um ótimo peso para evitar que portas se batam com o vento. Onde essa população estudou? Escola pública ou privada? Que escolas? Qual a estrutura destas escolas, e matriz pedagógica? Qual sua faixa de renda? Onde residem? Será que há um padrão espacial em moradia ou são as migalhas da sociabilidade que restaram, uns em cada bairro, que ao se concentrarem, se tornam milhão? Estas questões são importantes, visto que assim eu poderia, e vocês também, analisar o que torna uma pessoa em leitora assídua.
Os stands de editoras com público infantil até 3-4 anos eram um espetáculo a parte, pois os livros eram tão legais que eu mesmo fiquei um tempo lendo alguns...somente não sentei nos bancos por estes serem mini bancos para os infantos; mas os pais sentavam, e ficavam ridicula e graciosamente aconchegados com seus pequenos.

No final das contas, gastei uns 150 reais, e estarei postando aqui impressões dos livros que eu estiver lendo. No momento estou lendo "De costas para o mundo", de , que é um relato jornalístico das viagens que a jornalista e escritora fez à Sérvia, entre 1999 e 2004, durante longo período de rápidas transformações e desintegração da antiga Iugoslávia.

Ai como seria bom se todos tivessem acesso à leitura e a valorizassem.
























Como pode ver acima, Ziraldo, o pai do Menino Maluquinho, estava presente. A foto da direita eu que dirigi, e minha mãe que clicou. Mandou bem pacas, mãe!














Muitos alunos meus afirmam não saber o que é cordel. Acima está Abdias Campos ( http://www.abdiascampos.com.br/ ), um grande cordelista nordestino, que estava expondo e vendendo seus cordéia na Bienal. Vale entrar em seu site e procurar vídeos e imagens no google. Comprei 3 cordéis dele, todos autografados.















Confesso que a tal Floresta de Livros me decepcionou muito, mas muuuito! Um bando de árvores de madeira com caixa de som no chão e vozes lendo livros não foi o que eu imaginava de uma proposta imaginada por profissionais. Só valeu pelas fotos, que ficaram legais, principalmente a de minha mãe, acima, e uma de um cilindro acrílico luminoso com muitas letras nele, como se estivessem em movimento. Está mais acima, neste post.






























O que não decepciona nunca é a estrutura física do RioCentro, grande obra pública, muito bem conservado e cuidado, que deveria estar dando muitos lucros para a Prefeitura, porém foi privatizado pelo Cesar Maia. Falando em vendas, R$ 3,50 por uma Coca-cola é muita sacanagem! Dois reais e cincoenta por 300 ml de água é amoral! Pior que isso só os 6 reais pelo pedaço de pizza na MisterPizza. Realmente era mais barato comprar o mini-livro de horóscopo que era uma graça. Comprei o meu signo (VIRGEM) e AQUÁRIO. Alguma aquariana aí?
























Encontrei, como sempre, muitos conhecidos, como visto acima. O primeiro de Azul é Rafael, geógrafo como eu; depois com o bebê tem Fabiana professora do estado como eu; embaixo o Ancelmo Goes, ilustre jornalista e colunista do O GLOBO; e por fim a linda e iluminada Nubiara, amiga de longos tempos.
Minha surpresa positiva foi este crachá ao lado. Todo professor recebia, se quisesse, ao se identificar com contracheque, e além de não pagar a entrada de 12 reais, também conseguia descontes de até 30% em diversas editoras. Belo exemplo de como deve ser tratdoa um profissional de educação.
Enfim, em 2011 irei a São Paulo para a Bienal lá. Espero encontrar mais amigos!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

As ruínas da sociabilidade: Em São Bernardo professor chamou alunos de vagabundos. A culpa é de quem?

Ontem vendo TV me deparei com uma matéria no SBT que apresentava uma gravação feita pelo celular de uma aluna da 8ª série da EE Maria Iracema Munhoz, no Centro de São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, em áudio, na qual o professor de Matemática afirmava que alunos, que discutima com ele, e se recusavam a parar de jogar baralho em sala de aula, eram vagabundos.

"Vagabundo, se você vem para cá e não quer fazer nada é vagabundo! E se seus pais não fazem nada por isso são dois vagabundos...três, você, seu pai e sua mãe!" (professor acusado)
Óhhhh! Ficou a sociedade estamental impressionada e chocada. É claro que em nosso Antigo Regime (vuulgo Feudalismo), a Nobreza sequer tomará conhecimento do ocorrido: os mandantes do Legislativo, Executivo e Judiciário estão pouco se lixando para as salas de aula, já que suas salas estão comPortinari, Di Cavalcanti e Romero Britto. O alto clero tabém não está muito aí pra hora do Brasil. Mas o Baixo Clero e a Plebe (A plebe é sempre rude, e põe rude nisso!) está em polvorosa.

O Baixo Clero de nosso Ancién Regimé se sonstitui de delegados formados na Estácio de Sá, policiais Miojo (formados em 3 meses), gerentes regionais de ensino, jornalistas de emissoras pobres, dentre outros. O delegado registrou queixa, pois teme que o Papa, representante do Alo Clero e figura de Deus na Terra, o prenda no fogo dos infernos. Os policiais investigarão, mesmo que escrevem iMvestigar! A gerente regional de ensino de São Paulo afirmou que está apurando o caso, e a jornalista fez a matéria, que não abordou a derrota da escola, a que não consegue mais gerar respeito por parte da sociedade; não se surpreendam, o Baixo Clero não pensamuitomesmo, ele executa. Gerencia crises, são os buchas do Alto Clero e Nobreza. Sempre foi assim.

A escola perdeu o tratamento respeito que recebia da sociedade...aquilo que conquistava. Ao tentarmos dar aula, somos os impositores, e situações de tensão como estas ocorrem mais do que o normal. Não defendo a ação do professor, mas observando o relato do caso, me coloco em sua posição, e o compreendo. Não é uma culpa única e exclusivamente da escola, mas de um modelo societário que foi implantado de modo trágico nas grandes cidades brasileiras.

Na mesma reportagem, os alunos da turma afirmam em tom jocoso: "E olha que a gente nem fez nada demais... (MAS COMO? JOGAR BARALHO NA SALA? ACEITAM UMA CERVEJA E UMA PORÇÃO DE CALABRESA, CRIANÇADA?:???)...na aula dos outros somos bem piores!" Assim! Na lata! Os alunos assumem fazerem de tudo para infernizar a vida de um cara que tem sua própria vida e que, ao contrário do frentista que pode um dia discutir com seu gerente e no dia seguinte voltar atrás, do advogado que discute com o cliente por estafa, do vendedor da DI SANTINNI que um dia ou outro me atende mal porque a mulher o traiu, o professor deve de novo ser o bastião da nobreza e da pureza societária de uma sociedade que não mais existe.

Isso que digo é essencial...a sociedade puritana e respeitosa não existe mais! Vivemos um Big Brother mal intencionado, onde alunos falam sacanagem com você para depois o chantagear, onde o prazer e o status e fazer com que eu bata na mesa, grita, peça pelo amor de Deus, mostre raiva. Este é o aluno que tem a chamada "moral", esse é "pedra". Ser "fechamento" é fazer vista grossa com eles e oferecer ponto em toda atividade de sala, em tempos da nota virar 20! Lamento pelo professor, mesmo. Sofrerá processo, e tomara que não perca o emprego. Na gravação, ele fala uma verdade absoluta e irrefutável: "Eu não estou aqui para perder tempo com quem não quer aprender!". Eu também não estou. Temos que tentar nos controlar nas palavras, mas espero que o Estado o proteja e o defenda, visto que as situações de trabalho são desumanas e somos expostos a estresse desnecessário, fundamentalmente graças a inoperância de encarregados em níveis superiores: Coordenadores, Diretores, Gententes, Secretários de Educação, Legisladores, Juízes e Prefeitos/Governadores/Ministros/Presidente. Que seu advogado consiga argumentar tal tese.

Veja o estresse pelo qual passo nesta semana: Estou com meu pé enfaixado, imobilizado. Sou profissional de educação, e não posso ficar mais de 3 dias em casa, pois o Estado me obriga a, após o 3º dia ausente por motivos médicos, ir à escola, pegar um papel com a diretora, e depois ir ao centro do Rio de Janeiro dar entrada no pedido de perícia, que será marcada e eu terei que ir de novo, fazer e então entrar em licença médica. Porém, meu salário é de 547 reais, e tenho outros 800 reais mensair de hora extra, para complementar a renda. Se entro de licença, não receberei mais do que 547 reais. Quando eu voltar às aulas, minhas turmas de dobra de carga horáriaterão sido dadas a outros professores, e ficarei recebendo apenas os 547. Há condições de se trabalhar dignamente em condições tais como estas?

Em tempo. No fim da reportagem, uma professora aparece dándo uma dedada para o câmera, e aqui eu também faço o mesmo! Ponto!

Tenho uma série de posts sobre as condições precárias do professor público no Rio de Janeiro, e por que não em todo o Brasil. Aqui estão os links.

Matérias no meu Blog Poética Inculta:
O caos da educação pública no Rio de Janeiro
http://poeticainculta.blogspot.com/2009/09/o-caos-da-educacao-publica-no-rio-de.html

Amizades perfeitas, cerveja e crise educacional
http://poeticainculta.blogspot.com/2009/08/amizades-perfeitas-cervejas-e-crise.html

Ser professor no Rio de Janeiro: Maldição ou passaporte pro céu?
http://poeticainculta.blogspot.com/2009/07/ser-professor-no-rio-de-janeiro.html

Matérias no meu site BrenoGraphia.com.br :
Livro didático, educação e idéias
http://www.brenographia.com.br/2009/02/livro-didatico-educacao-e-ideias/

Como tratar um profissional da educação
http://www.brenographia.com.br/2009/02/como-tratar-um-profissional-da-educacao-2/


Você pode ler a matéria deste caso aqui!


Salve estes links e depois leia, com certeza terá um quadro bastante abrangente do que é ser professor na atualidade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Justiça proíbe cultos evangélicos nos trens do Rio

Até que enfim! Uma juíza da 8ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio determinou que a SuperVia, concessionária espanhola que opera os trens urbanos do Rio, coloque avisos dentro dos vagões e nas estações avisando da proibição de ocorrerem cultos religiosos nos vagões. Segundo a juíza atesta em seu parecer, os cultos evangélicos que acontecem os vagões incomodam os demaispassageiros, “além de obrigá-los, indiscriminadamente, a se submeter a doutrinas religiosas”, acrescenta a ação. Dentre tantas notícias boçais, esta é das melhores que já li ultimamente.

Certamente os pregadores evangélicos utilizarão alguma passagem bíblica para demonstrar que, tal qual apóstolo X ou Y, estão sendo perseguidos por sua fé, e que devemresistir, pois o Senhor é mais e tal etc e tal. Porém, caso eles tenham o mínimo de senso realista e julgamento racional, verão que as coisas mudaram muito. Antigamente, em um trem Central-Japeri, havia um vagão evangélico. QUem quisesse ia nele. Eu fugia, obviamente, escolhendo outro. Agora são TODOS os vagões de todos os trens Japeri, Nova Iguaçu, Santa Cruz... ou seja, não há direito de escolha. É ouvir ou pular nos trilhos, se suicidando!

Sempre viajo de ônibus, trem e metrô lendo livros de Sociologia, História e Geografia. Imaginem o drama: enquanto leio os acontecimentos internacionais que auxiliam a entender a independênciado Brasil, tem um pandeiro mal tocado, e 30 pessoas gritando e cantando ao meu lado. Já pensei em fazer a revolução científica no trem, convocando 30-40 professores de Geografia ou outras áreas para pregar nossos conhecimentos no vagão, desafiando aos evangélicos. Seria no mínimo engraçado.

O assunto é sério, já que pregações em alto som em ambiente coletivo fechado como o trem criam constrangimentos, pois impede o silêncio, o descanso, a escolha do que ouvir e pior, a liberdade religiosa, visto que outras matrizes religiosas e de conhecimento ficam alijadas do direito à expressão no mesmo local. Imaginem um islâmco lendo ao Alcorão enquanto 30 pessoas o chamam de infiel, ou um satanista todo vestido de preto lendo suas práticas de bruxaria, o que daria, oumesmo uma mãe de santo andando no vagão, silenciosamente, sentada, tirando um cochilo. Atirariam pedras nela? Ao menos comigo, que durante um destes cultos utilizava um MP3, fui chamado de infiel e herege. Que tal decisão seja mantida e entre para a cultura de sociabilidade urbana do homem cotidiano carioca, e não se perca dentre tantas outras.

Antigamente fazia sucesso um funk que dizia: "Oh demorou para abalar...mas abalou, oi demorou, demorou para abalar, o William e Duda abalou, ô ô!" Esta lei demorou, mas espero que ela abale fortemente uma das aberrações de nossa urbanidade cotidiana.

Infelizmente ainda faltará prender as mulheres de 30 anos e plena saúde que carregam crianças de 2 anos no colo pedindo esmolas pelos vagões,ao invés de trabalhar (com esta idade, há o que se fazer!). Faltará também tomarem atitude contra a aberracional criação da venda de doces da multinacional Nestlé por camelôs legalizados, mas cujos sapatos sempre estão furados, demonstrando que a empresa suíça pouco se importa com as condições de trabalho dos brasileiros.

No metrô não há camelôs, pois os guardas não aceitam corrupção dos camelôs, e todas as estações estão 100% cobertas por câmeras, o que impede tais desvios de conduta; os cultos e gritos não acontecem, os atrasos não ocorrem. No trem, os guardas protegem mais aos ambulantes do que nós, os cultos aporrinham, não há circuito interno nas estações que registre o que acontece, e a sensação de insegurança é cotidiana. Pedras.

Outro tema que me incomoda é a proibição de que homens viagem no famigerado vagão feminino. Esta lei, de poucos anos atrás, estabelece a suspeita de que todo homem em metrô e trem é um potencial tarado roçador de bundas alheias. O tosco é que a população vê este absurdo e não faz nada. No metrô, caso entremos neste vagão, somos retirados por seguranças. No trem, a lei caducou e virou letra morta. De novo um exemplo de sociabilidade diferencial para a mesma população, em momentos diferentes. A mesma mulher do vagão do metrô é a do vagão do trem e do baile da Via Show, onde praticamente levará como prêmo o fato de que sarrem sua bunda.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O caos da educação pública no Rio de Janeiro

Sou professor do estado do Rio. Por favor, não ria de mim! Há muito que penso em escrever um post que argumente sobre as quimeras destte sacerdócio que congrega professores, orientadores, pedagogos, coordenadores, diretores, serventes, merendeiras, inspetores, porteiros, secretários e afins. Enfim, todos estes profissionais que, escolhendo ou não, estão diretamente ligados ao cotidiano escolar do estado do rio de janeiro. A última novidade é o salário que aumentou sem aumentar, piorou piorando, e acabou nos empurrando goela abaixo uma obscenidade.

Na última semana, a cena de policiais apontando armas para professores desarmados em pleno estado democrático de direito foi mais um sinal claro da real vocação de nossos governantes e agentes de segurança: manter a ordem no caos.

Do início. O casal Garotinho, quando governava o estado, criou um tal de Nova Escola, um programa de quantificação da qualidade do ensino das escolas. Funcionava assim: as escolas passavam anualmente por uma avaliação da qualidade do ensino, a qual servia como base para gratificações salariais para os professores. Ou seja, se a esola fosse bem avaliada o professor receberia até 500 reais a mais mensais, e se fosse mal avaliada não ganharia nada. Seguia a linha dos governos demagoos que buscavam a falsa qualidade e o eterno cala a boca com migalhas em dinheiro. Este plano criava professores que trabalhavam a mesma coisa mais recebiam renda diferente. Algo ilegal. Até hoje é assim. As fotos deste post foram retiradas do orkut de Renata.

O programa foi descontinuado anos atrás, e nao teve mais avaliação das escolas, logo, eu que entrei em 2008, assim como outros profissionais que entraram nos últimos concursos não recebem um centavo sequer de Nova Esmola. A luta e reivindicação dos professores sempre foi por incorporar o Nova Escola pelo teto (500 reais) ao salário de todos, não só de alguns. Esta foi a promessa do então candidato Sérgio Cabral, eleito em 2006.

A polêmica começa desde o ano passado, 2008, no qual o governador Sérgio Pinocchio Cabral afirmou estar "estudando" a viabilidade econômica da incorporação do Nova Escola a todos os professores. Viabilidade econômica para aumentar 500 reais do saláio dos professores estaduais que recebem o segundo pior salário do Brasil mesmo estando no segundo estado mais rico? Valeu, tio! Esperamos, porém.

Mensalmente o jornal O DIA veio trazendo notícias falaciosas de que a incorporação viria, que os professores teriam aumento, que nós estávamos comemorando. Semanalmente as notícias traziam informações de que nós, os que pedem esmola, não teríamos mais do que reclamar. Afinal, pra quem recebe 607 reais ganhar mais 500 realmente é uma boa. Mesmo assim ganharíamos menos da metade do salário da prefeitura de Duque de Caxias. uh huuuu!

Mas veio assim: 435 reais,parcelados em 6 anos, igual carro de pobre, sacas? Carro velho, pq quando bater 2015 a inflação terá comido quase todo o meu aumento. E não feliz com isso, o Cabral ainda nos sacaneou mais: propôs reduzir o insterstício de classe. Como?

A cada 3 anos, o professor do estado ganha 12% de aumento. A gente entra na Classe 3, e vai subindo. Isso se chama plano de cargos e salários, eé definido por lei. É uma conquista histórica domovimento sindical em negociação com a classe dirigente. Cabral forçou no projeto de nosso aumento diminuir o aumento de 12% para 7,5%. Por que? Porque para o governador somos o setor do funcionalismo público que mais ecebe aumentos, e ele teria que corrigir isso. Anunciou isso ao vivo, no RJTV.

Pensem comigo. Se recebemos muito mal, iniciando com apenas 600 reais, é mais do que justo que tenhamos 12% de aumento. Considero pouco, pois tinha que ser 100% após três anos,para ganhar 1200 reais ao menos! Governador safado, me cansa pensar em ti.

Foi hábil ao dividir a categoria com as duas propostas. Pois se só oferece os 435 do Nova Escola, este aumento não passa. Mas ao ameaçar os 12%, fez com que todos nós fossemos contra este item, e assim ele cedeu nos 12%, mas conseguiu vitória plena na incorporação do Nova Escola em seis anos. Ele sabia que não derrubaria os 12%, e por isso o propôs.










Em resumo, estou fodido e mal pago. Meus alunos não respeitam sequer os pais, meu plano de saúde, da APPAI, associação dos professores públicos do estado do rio, ironicamente não cobre psicologia. Ou seja, recebo pouco, trabalhomuito, sou desrespeitado, e não posso ter um psicólogo.

Na última assembléia, realizada na quinta feira dia 10-09, na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), foi decidido continuar a greve vigente aomenos até esta terça feira, dia 15, quando estaremos em passeata rumoa ALERJ.Veja fotos da confusão e violência policial da semana passada: http://oglobo.globo.com/rio/fotogaleria/2009/9820/

Obrigado, Deus, por me escolher para sofrer. Espero que um dia a data de meu aniversário, 12 de setembro, seja celebrada pelos povos como o nascimento de um filho de Deus que veio à Terra e pereceu ensinando e se fodendo. Acredito na educação, mas não nesta educação que nos propõem a fazer como voluntários explorados! Abaixo tem a carta de promessas do candidato Sérgio Cabral. Caozeiro fodido! Fui

domingo, 13 de setembro de 2009

O Trânsito te trás mais rápido...mas também leva: o trânsito mata!

Sinto um imenso vazio e o Brasil
Que herda o costume servil

Não serviu para mim

Juventude

Aventura e medo

Desde cedo

Encerrado em grades de aço

A juvenilla é candidata à morte, em batida forte de carro em poste de concreto, em corpo de velho que atravessa a rua, em gente que bebe e anda a pé, temendo bater em poste de concreto...A juventude carioca sangue quente pulsante bate a 120 em sua própria IgnOrÂnciA!
E um pedaço do meu coração é teu
Destroçado com as mãos

Pelas mãos de Deus

E as imagens

Transmissões divinas

E o cinismo

E o protestantismo europeu

Sábado foi meu aniversário, dia 12 de setembro de 2009, e após a festa, decidimos dar uma volta de carro. 6 pessoas em um fiat uno, 4 no banco de trás sem cinto de segurança. Para animar, além de muita cerveja na mente, duas garrafas de vodka, uma garrafa de energético, e uma garrafa de montilla limão. Álcool puro! Andávamos a 120 km/h em alguns trechpos, segundo o motorista, porque "a pista pedia". Interessante lembrar de vários casos correntes e cotidianos nos quais "a pista pedia" 120, 130, 140 por hora, mas quando recebeu tal velocidade, algum carro ou poste atravessou o caminho e todos morreram. Ano passado 4 jovens morreram na avenida brasil, aqui próximo, uqando um audi foi partido ao meio por encontrar-se diante de um poste. Eu conhecia a menina de vista, moradora de bairro ao lado e amiga de todos meus amigos daqui. A matéria: Tragédia que se repete.
Parte o primeiro avião
E eu não vou voltar

E quem vem para ficar

Para cuidar de ti

Terra linda

Sofre ainda a vinda de piratas

Mercenários sem direção

A pista pede 120km/h a alguém alcoolizado? Ou será a falta de julgamento coerente que pede?

Indo para a feira de tradições nordestinas em são cristóvão, cruzamos o caminho de um carro da PM que nos ordenou que parássemos. Ok,paramos. Motorista pra fora, nós também. Conversa vai, conversa vem, e 50 reais meus foram embora junto comos oficiais da lei. Ou da falta de lei. Informei aos meus amigos que paguei os 50, e ao invés de o assunto morrer ali, me reprovaram com o argumento de que policial que não é de trânsito e sem bafômetro não pode autuar em termos de lei seca. Alguém acredita que isso é real às duas da madrugada, local ermo e policiais fortemente armados? Que tal pensar que, se dei 50 reais, algo totalmente reprovável, foi para ver meu amigo sem multa de 950 reais, apreensão de carteira, carro rebocado e preso?
E eu até sei quem são
Sim eu sei

Você sempre faz confusão, diz que não

E vem, vem chorando

Vem pedir desculpas

Vem sangrando

Dividir a culpa entre nós
(todos os trechos são da música JUVENíLIA, do RPM)

Voltei para casa sozinho, após isso. Desisti de comemorar meu aniversário! Obrigado amigos! Há uma comunidade no Orkut chamada PGM - Perfis de gente morta, que é algo muito interessante de ser visitado e lido. Imagine que seu amigo morree tem orkut, aí vc posta o perfil dele lá, e apresenta as causas da morte. Será surpreendente para você que lê saber que grande parte das mortes está relacionada a direção + álcool? Será novidade afirmarmos a partir disso que é no mínimo covardia não assumir a mesquinhez que é dirigir em alta velocidade cheio de cerveja?

Há pessoas que morrem todos os dias, com culpa ou sem culpa. Os exemplos de mortes ocorridas agora em setembro abaixo não são referentes a pessoas que tenham obrigatoriamente morrido com álcool, mas sim pessoas jovens que morreram no trânsito, para dar um alerta a quem ainda está vivo: aproveitar a vida sim, mas tentar se precaver de todo o modo de tragédias. As duas primeiras morreram neste final de semana:

Thais Helena Bimbati (orkut), morreu neste final de semana em um acidente de carro, voltando do trabalho, para casa. Leia o comentário de seu irmão abaixo, pedindo correções que eu fiz. Mantive o comentário e mudei o título do post. fica aqui como homenagem à mulher linda que foi, e à violência que sua morte nos traz.



Bruna acaba de morrer dia 12-09, após bater com o jet ski que alugou em outo jet ski. teve múltiplas fraturas e morreu antes de sair d'água. Era modelo.




Aline (orkut), morta em acidente de moto neste mês














Vanilson (orkut), morto com esta moto da foto, quando atingiu um caminhão em alta velocidade na roda, depois sendo atropelado por outro caminhão











E você, quando me permitirá colocar sua foto aqui? Ou acha melhor viver e se conter em seus impulsos juvenis retardados? Eu decidi, a tempo, a não andar mais de carona com quem bebe e dirige. Melhor juntar e pagar um taxi. Ou que um não beba. Se estiver com curiosidade, olhe a comunidade http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=993780 .


Renato Russo já dizia... João Roberto era o maioral, o nosso Johnny era um cara legal...ele tinha um opala metálico azul, era o rei dos pegas na aza sul, em todo lugar...mas só que johnny morreu. Eu não quero ser Johnny! Meu nome não é Johnny!
Condolências às famílias de todas as vítimas citadas aqui. Que suas mortes sirvam como mostra aos jovens que a vida é preciosa, e todos nós estamos sujeitos a tais questões.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Feriado da Independência em Paraty

O final de semana prometia: viajar e acampar no feriadão de 7 de setembro parecia uma ótima idéia. E realmente foi uma idéia maravilhosa. Tatu mora em Niterói; Salgueiro em São Gonçalo; Cris no Méier, e eu em Marechal Hermes. O plano inicial? Passar o feriado no EREH-SE (Encontro regional de estudantes de história da região sudeste). Porém ao chegarmos na UFRRJ (universidade rural), percebemos que o evento estava com apenas cerca de 50 pessoas presentes. Resolvemos partir viajando rumo a Paraty, Praia do Sono.





















Chegamos lá pelas 2 da manhã, mas ainda ñ sabíamos o que viria pela frente. Sem lanternas nem iluminação, fizemos uma trilha complicada que durou mais de duas horas, mata adentro. Ao chegarmos na praia, escuridão total, um breu de dar gosto, afinal eram 4 da manhã! Poucas pessoas acordadas ao redor de uma fogueira, e montamos nossas barracas na parte final de um camping, com fome absoluta e total. Acordamos na manhã seguinte e o local é lindo, com praia de areia fina encravada entre as montanhas cobertas por Mata Atlântica que parece original. Ao final da praia, um ambiente incrível de foz de riacho de água doce, com rochas, potabilidade e peixes.


Saímos de lá antes do início da tarde, e fomos para Paraty. Lá, percebemos o quanto a cidade é linda. O casario, a vibe da cidade é ótima, tem muito ar romântico de lugar para ser feliz. Os poréns são os preços das lojas, que são caríssimas, além da inexistência de uma casa de samba e chorinho na cidade. Um ponto a favor é que a prefeitura dinamiza um calendário cultural no qual toda semana tem alguma festa sendo comemorada, com palco na praça, grandes artistas e tal. Neste final de semana foi a festa de Nossa Senhora dos Remédios. Confesso que desconfiei que esta santa tivesse sido forjada somente para justificar uma festa na cidade.

A beleza do centro histórico e Paraty inspira a boa educação popular, fazendo com que, mesmo na ausência de lixeiras públicas, as pessoas não joguem lixo nas ruas. Não há sequer bituca de cigarro no calçamento de pé de moleque. Interessante que, ao voltarem para o Rio de Janeiro, São Paulo ou outras cidades, estas mesmas pessoas voltarão à rotina porca e sedentária. Interessante também é a inclinação das ruas, que ao contrário das ruas asfaltadas das grandes cidades, cuja inclinação conduz z água para a rede pluvial (bueiros, manilhas), induz a água a ficar no meio da rua. A ponte sobre o rio é linda, e a população é agradável.

Estarei colocando outras fotos e comentários sobre esta viagem nos próximos posts, para que todos consigamcaptar oque foi a viagem.



 
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