sábado, 26 de setembro de 2009

Semanário de um professor radical

Na Segunda feira tive um dia bastante cheio, pois pela manhã fui lecionar no Colégio Curso Progressão, em Marechal Hermes, substituindo um professor amigo que havia ido se apresentar a SEE RJ. Depois segui rumo ao IPEAFRO, onde trabalhei de 10 até as 17h, quando saí e parti para o Colégio Estadual Califórnia, primeiro de metrô, depois de trem. Chovia muito, e o trem parou diversas vezes, sempre esperando sinalização e transitado em baixa velocidade. Lotado e úmido. Andei por 20 minutos até a escola, na chuva, e cheguei atrasado e ensopado. Distribuí os livros do Autonomia aos alunos (2 de História, 2 de Matemática, 1 de Artes).

Na Terça feira o caos me abarcou. Dei aula no Progressão pela manhã, e parti para o IPEAFRO, onde fiquei até as 17h. Ao chegar no Colégio Estadual Califórnia, dando aula, recebi meu supervisor do projeto Autonomia, criação da Fundação Roberto Marinho. Quando este saiu, meu aluno não quis parar de conversar, e então ao ser repreendido para parar de falar, começou a ser deselegante me mandar ME FUDER, pois ele não estaria sequer SE LIXANDO pra aula. Liguei para o 190 e dennciei-o por desacato, artigo 331 do Código Penal. A polícia foi ao colégio, mas não sabia que podia prender o aluno em flagrante. Fiquei até uma da manhã na delegacia, registrando. No fim, terça acabou na quarta. Não houve aula.

Na Quarta feira, dei aula no Progresão pela manhã, e não fui ao IPEAFRO por cansaço. Dormi a tarde. Ao chegar até a escola, me deparo com uma reunião entre uma de minhas diretoras, a coordenadora de turno, o supervisor de meu projeto e o pai do aluno delinquente, ah...e eu! Reunião esdrúxula, onde fui questionado do "por quê" de chamar a polícia, e não ter procurado a direção. Aleguei omissão da direção, que em dois casos similares agiu com desdém, e pouco caso comigo, o professor. Acertei ali que o aluno pediria desculpas, perante a turma e a mim, e que eu tiraria a queixa. Mudei de idéia. Após isso, dois ladrões levaram um táxi na frente da escola, e o segurançça do mercadinho de esquina foi se meter, deu uns tiros e tomou uns bons pipocos na perna. Se meteu, tomou! Não houve aula

Na Quinta feira fui dar aula para a 805 e 703 do Colégio Estadual Pierre Plancher, em Mesquita, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ao sair da escola, uma mãe neurastênica me reconheceu na rua, e começou a gritar e me acusar de não dar tempo do filho dela fazer um teste que dei em sala. Mão esquisita, gritando, que educação ela deve passar ao filho? Argumentei que dei 40minutos para o menino fazer 6 questões, ou seja, mais do que suficiente. Aleguei que estava atrasado para dar aula, mas a mulher estava descontrolada. Meti o pé! Ninguém merece! Quando cheguei em Nova Iguaçu, atrasado pela mãe esquisita, o aluno que me xingou pediu desculpas, convocado pela direção. A mesma direção discordou de mim, afirmando que a ofensa não foi direcionada a mim. Ok, "vai se fuder" não é pra quem vc está olhando...deve ser na nunca,não? Desmenti ela na frente dos alunos epronto. Se desculpou o aluno, eu não desculpei. Quando a diretora saiu, foi chamada de chata "pra caralh*" pelos mesmos alunos, que saíram pra beber cerveja e não voltaram. A aula correu bem, matemática.

Na Sexta feira, feriado em Mesquita, aproveitei para pagar o dia de trabalho que não fui ao IPEAFRO na quarta feira. Fim de tarde peguei o trem e...surpresa? Mais uma vez vagão com evangélicos.Não aguento mais. Dei aula até o intervalo, e após o intervalo, os alunos foram embora, e ficaram bebendo em frente ao colégio. Somente uma aluna ficou. O colégio pediu para liberarmos às 21h, e me dirigi para casa. Passei na Praça Seca para ver uma "amiga", beijar na boca e desestressar. Enfim, sem detalhes, tudo deu certo (hehehe), cheguei em casa 5 da manhã e agora é meio dia de sábado, oprofessor quer ficar deitado até fazer pereba na bunda, ou quem sabe passear e ir ao cinema à tarde.

Beijos, rezem por minha paz! Antes de mais nada: RONALDO!

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