domingo, 20 de setembro de 2009

Bienal do Livro - Quem me dera se todos lessem...


Estive no último sábado no Riocentro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - Brasil, para conferir os lançamentos editoriais e o burburinho da Bienal do Livro. O evento é classificado por uns como um grande evento capitalista onde grupos burgueses que detém o monopólio da informação impressa no país exibem seus produtos, para que pobres coitados comprem. Outros a definem como um grande evento de trocas culturais, onde editoras espíritas, cristãs, de direita, esquerda ou encima do muro, ou infantis se desafiam em chamar a atenção do público que chega ávido a comprar novos livros para dar de presente a si mesmo ou ao próximo.


Mas que sociedade é essa que visita livrarias, lê os livros por meia hora antes de comprá-los, e ainda faz beicinho aos vendedores, chorando desconto por uma nova edição da análise da Revolução Russa? Com certeza não é o público médio (medíocre) ensinado a odiar os livros e fazer de todo exemplar com mais de meio quilo de papel um ótimo peso para evitar que portas se batam com o vento. Onde essa população estudou? Escola pública ou privada? Que escolas? Qual a estrutura destas escolas, e matriz pedagógica? Qual sua faixa de renda? Onde residem? Será que há um padrão espacial em moradia ou são as migalhas da sociabilidade que restaram, uns em cada bairro, que ao se concentrarem, se tornam milhão? Estas questões são importantes, visto que assim eu poderia, e vocês também, analisar o que torna uma pessoa em leitora assídua.
Os stands de editoras com público infantil até 3-4 anos eram um espetáculo a parte, pois os livros eram tão legais que eu mesmo fiquei um tempo lendo alguns...somente não sentei nos bancos por estes serem mini bancos para os infantos; mas os pais sentavam, e ficavam ridicula e graciosamente aconchegados com seus pequenos.

No final das contas, gastei uns 150 reais, e estarei postando aqui impressões dos livros que eu estiver lendo. No momento estou lendo "De costas para o mundo", de , que é um relato jornalístico das viagens que a jornalista e escritora fez à Sérvia, entre 1999 e 2004, durante longo período de rápidas transformações e desintegração da antiga Iugoslávia.

Ai como seria bom se todos tivessem acesso à leitura e a valorizassem.
























Como pode ver acima, Ziraldo, o pai do Menino Maluquinho, estava presente. A foto da direita eu que dirigi, e minha mãe que clicou. Mandou bem pacas, mãe!














Muitos alunos meus afirmam não saber o que é cordel. Acima está Abdias Campos ( http://www.abdiascampos.com.br/ ), um grande cordelista nordestino, que estava expondo e vendendo seus cordéia na Bienal. Vale entrar em seu site e procurar vídeos e imagens no google. Comprei 3 cordéis dele, todos autografados.















Confesso que a tal Floresta de Livros me decepcionou muito, mas muuuito! Um bando de árvores de madeira com caixa de som no chão e vozes lendo livros não foi o que eu imaginava de uma proposta imaginada por profissionais. Só valeu pelas fotos, que ficaram legais, principalmente a de minha mãe, acima, e uma de um cilindro acrílico luminoso com muitas letras nele, como se estivessem em movimento. Está mais acima, neste post.






























O que não decepciona nunca é a estrutura física do RioCentro, grande obra pública, muito bem conservado e cuidado, que deveria estar dando muitos lucros para a Prefeitura, porém foi privatizado pelo Cesar Maia. Falando em vendas, R$ 3,50 por uma Coca-cola é muita sacanagem! Dois reais e cincoenta por 300 ml de água é amoral! Pior que isso só os 6 reais pelo pedaço de pizza na MisterPizza. Realmente era mais barato comprar o mini-livro de horóscopo que era uma graça. Comprei o meu signo (VIRGEM) e AQUÁRIO. Alguma aquariana aí?
























Encontrei, como sempre, muitos conhecidos, como visto acima. O primeiro de Azul é Rafael, geógrafo como eu; depois com o bebê tem Fabiana professora do estado como eu; embaixo o Ancelmo Goes, ilustre jornalista e colunista do O GLOBO; e por fim a linda e iluminada Nubiara, amiga de longos tempos.
Minha surpresa positiva foi este crachá ao lado. Todo professor recebia, se quisesse, ao se identificar com contracheque, e além de não pagar a entrada de 12 reais, também conseguia descontes de até 30% em diversas editoras. Belo exemplo de como deve ser tratdoa um profissional de educação.
Enfim, em 2011 irei a São Paulo para a Bienal lá. Espero encontrar mais amigos!

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